''O poeta é tão bom fingidor que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente.'' -fernando pessoa,
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O vício em controle
Agora se quiseres rir,compunhas teus próprios
poemas e compre tuas próprias outras drogas
pois há mim tu não mas comprarás,com
o teu aquisito idôneo.
Esqueça-te de tudo e
não deixa decorrer um só instante
sem que te lembres,que quando
fores embora vai ser mais
intenso o meu amor a te amar.
Não tente entender só me
jures que não irá mais voltar,
Parece ser um equívoco,
mas eu também acredito nessa coisa de lealdade,
só o fiz por não saber se eras tu de
quem eu precisara em verdade...
E no mais só estou a te falar por não conseguir conter a
famosa forma de formar felicidade.
Esta cresce a mim,como
cresce em mim essas e outras
tantas palavras de insanidade.
Cultivo-as,como um relacionamento
incesto,como um amor punido sofrendo
alusão de um mestre fúnebre,
que vem sem ser chamado
ao teu encontro de carne lúgubre,
e se tiveres sorte em ti despertará
a sensação exata do que é a morte.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Uma perfeita descrição
Tava aqui pensando em palavras supremas que podessem te descrever,foi aí que provei de uma imensa frustação ;é que não há como falar,não dá pra dizer,tudo que você é ...
Então ficamos nos jargões,vamos limitar-nos naquelas três palavrinhas que eu tanto te falo todos os dias.Sabe de uma coisa,iria fazer uma besteira em exacerbo,mas você me ensinou algo às pressas,sempre soube que as vezes eu podia errar, por que sou um simples animal limitado,mas agora eu sei que as vezes os outros também podem errar,e as vezes nos teremos que perduá-los.
Enfim, depois de tantos desencontros estamos aqui.
Unidos mais que nunca,e cúmplices mais que eu jamais imaginara antes,só queria dizer que apesar de tudo que eu fiz e vc fez, que eu falei e vc falou, nada mudou,aliás e mudou,aumentou,só alimentou tudo aquilo que só pode e ainda mais crescer, só insandeceu aquele troço que eu não soube descrever no começo.
Cuide-se cabeça, quando sair de casa faça o máximo pra voltar incólume, íntegro... por que agora, alguém te espera,e pra esse alguém, tenha certeza que você é a pessoa mais digna que existe.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Monólogo demente.
A atenção das tuas palavras hoje é substituida pelo teu desprezo, nem pra perguntar como estou, o que eu fiz nesse dia sombrio.
insisto.
desisto.
Quando não mais consigo conter-me em equilibrio.
o descontrole corrompe, cresce.
sinto a tua falta e tanto.
descobri que a depressão, não é só um estado passageiro.
o "estar bem" é que é.
E quando não mais for você, vai ser por outra pessoa que eu vou sofrer, p'utro amor decadente, que me faça agir meio demente na demência nervosa de um hóspede maldito, de um adolescente em um mundo cão, no desiquibrio enlouquecido.
Por que faz de ser, como diria o grandioso ; do show... é! faz parte do meu show.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Nos perdemos tanto, e tanto sem querer....
Perder-te é como perder um membro do corpo, é como viver pela metade
é como deixar as coisas passarem sem se perceber,
Perder-te é como desistir, deixar a vida de lado, é não ter
mais ânimo pra viver.
Perder-te é suicidio
Perder-te, é beber mais, fumar mais , é definhar mais depressa.
E as pessoas ainda me perguntam o porquê de viver em tantos vícios, talvez elas até entendessem se elas sentissem a dor que eu sinto, e talvez se sentissem íriam além...
Não ficariam só no cigarro , na bebida e nos entorpecentes... talvez até teriam coragem... mas eu não tenho, não por enquanto. E enquanto não, vou me destraíndo... fumando pra aliviar, trocar o teu cheiro pela fumaça do cigarro, o teu carinho pela anestesia da bebida, e as tuas palvaras pelas minhas próprias palavras em momento de extrema dislexia, por enquanto isso me basta, quando não mais, talvez eu até tenha coragem.
talvez assim, até te tenha de volta em mim, sem ser ruim... só pra eu dizer... só pra eu dizer atrapalhado olhando além dos teus limites de gente;
E isso pra não dizer "eu te amo" e você ficar diferente.
Se bem né ? Nem adiantou, você mudou e se mudou levando consigo meu semblante ferido,
sofrendo vendo as tuas costas desaparecendo no horizonte indecente,para encontrar reluzente, um mais novo amor proibido.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Magnoloquência de um ferido'
semelhante as árvores que aos poucos
desefazem-se com o vento,
está o meu peito, que ao relento,
contemplando a arte do crepúsculo
que igual a um espelho reflete
toda a imensidão do meu alguém,
na dádiva de não sentir nada por ninguém.
fora isso, o brilho
da noite lúcida
ilumina meus corpos viajando
na ilusão exacerbada
e nos teus beijos lúbricos
faço lisonja à criatura solícita
mas, repreendido pelo o acaso temereso
volto a olhar com os olhos ao invés da mente
meu desejo é esboroar o destemeroso
que me ver no rosto, um espantoso gosto
surpreso de perda,sem ao menos
tentar solidificar a fantasia
A fuga da noite entra na carne
e com o seu gume insjusto
O suor estagna, pois sei
que ao afastar da tirania
perceberemos a anestesia
do poder lúdico da insanidade
Ao bastar do temor
nada mais restará,
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Ahhh... O amor...
No peito vazio
uma saudade imensurável
por um sentimento que me abandou
há alguns dias,
agora fica bem claro que é só engano pensar
que sem amor se vive mais, e mais feliz
a felicidade pra mim, está em estar com uma
outra pessoa, fazê-la rir, sentir sensações
indizíveis falar bobiçes vergonhosas , amar é a única maneira
de preencher meus funebres dias com esperança e um auto controle
que emerge com uma estupidez que eu não sei da onde.´
amar,pode até
ser sinônimo de sofrer,
amar pode ser sinônimo de brigas isentas
pode
até ser,..
mas amar é sinônimo de razão também,é sinônino de foco,
de objetivos
amar pode significar ir ao cimena assistir um filme
esquisito
beijar e abraçar no escuro...
homem sem amor, não é homem.
só alguém,seco,amargo,sem nenhuma
importância.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Um coração vão, um cheiro ao vento e uma indesejável missão
Não há mais o que fazer,
minhas veias secam e os
meus olhos já não se fecham pra
o que eu não quero ver
Agora é se contentar com o desfecho,
não retrucar, anuir ás suas preferências
sem demostrar nenhum desejo impetuoso de lutar
Só me resta aceitar;
seu corpo ser conduzido por outras mãos,
seus beijos já não me pertencem, nem o seu
venenoso coração;
Se é que já o possui um dia,
penso que tudo foi em vão, não
passou de uma agunia,um reflexo
da sua provável insanidade que não se escondia...
Depois de ti, aprendi a não mais
acreditar em amor de verdade, pessoas são
pra passar... o que tem de ficar
não são lembranças de saudades
[ nem de afeto....
O que fica é um encontro entre bocas,
marcas pelo corpo,lençois imundos de cheiros...
e um reencontro incerto.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Uma segunda - feira , fria
Mais uma vez nesta janela olhando as pessoas que passa na rua, mas agora meu coração está preenchido de outro sentimento. Hoje escrevo regado mas não pela paixão, o sentimento que quase me obriga aos cigarros, a bebida e um pedaço de papel e um lápis, chama- se- á solidão.
A rotina já não me dá mais espaço pra pensar, tornara-se frenética que nem a daquelas pessoas que passam na rua, e que antes, eu aolhva com um acerta inveja.
Solidão, que não me atrocida como o ócio, mas que esfria os meus ideais...
Frigidez? já ouvi falar certa vez pelos meus colegas que já não se fazem mais presentes,hoje a solidão me acompanha mais do que qualquer outra coisa,mais do que qualquer outra pessoa.
Podeira até estar acompanhado,mas não de quem eu queria estar. E isso é paixão?
não acho que não...
A diferença está na dor no peito, a ansiedade, no não parar de pensar.
Vontade de voltar no tempo, de agir com outras ações,de tomar outra decisões
Pra fingir uma coisa que não sou?
não, não... hoje não.
hoje não estou pro tal teatro social que somos obrigados a encenar todos os dias.
Vontade de me drogar, as bebidas e os calmantes já não fazem mais efeito.
Vontade de me jogar daqui do alto,medo de não morrer, medo de Deus esxistir.
No sentido real da palavra, não naquele idealizado pelos nossos pais, e ensinado nas escolas,nas aulas de filosofia.
Estou me tornando imbecil, frigido, cético, estúpido, deixando de sonhar e acreditar na verdade...
deve ser os cigarros e o álcool... ou... a saudade.
Aproveito para uma poesia; meio bobinha ,mas,que quero deixar assim do jeito que foi pensada, sem retoques finais, quem nem esse texto que escrevo.
não é pouco o quanto
me culpo, por não saber
te trazer assim sem luto.
É só fechar o olhos,
que lá vem você me chamando
com o seu jeitinho, fazendo carinho,
e indo embora sem ter o que fazer.
É só me descuidar, que vejo você alí
dobrando a esquina, nas suas mãos as mãs de
uma menina, denuncia que mais uma vez só
me enganei de saudade.
É só me descuidar,
que a tua voz chega aos meus ouvidos.
Proucuro-te ao redor enlouquecido... foi só a
danada outra vez te usando pra rir do meu engano
de menino apaixonado, retardado ,abandonado
A ver navios por causa de um prótotico de vadia frustada, ferida e amargurada
desenganada,por motivos que eu nem sei.
Queria ser teu,
do teu jeito pequeno,
da tua índole de veneno,
da tua boca insana, do teu sorrizo de bacana,
dos teus cabelos de plebeu.
Prefiro acreditar que isso já pertence ao passado.
Talvez não pertença, mas pensar assim me conforta, e é tudo que eu quero agora,sentir-me confortado,mesmo que as mãos que afagam os meus cabelos sejam as minhas próprias mãos,mesmo que a voz que me libidina seja só o eco da minha própria voz. mesmo que seja o trevesseiro que eu abrace na noite fria.
Que seja... por tanto que eu estaja confortado.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Boni mores hominis
Nada mais resta
além de flores e choro descontentado.
Nada mais resta
além de um corpo inocente e nunca amado.
Nada mais resta
além de não sentir nada.
Nada mais resta
além de uma reza desengonçada.
Nada mais resta
além de tantas rosas vermelhas.
Nada mais resta
além de gemidos repletos de pureza.
Nada mais resta
além de um pequenino invólucro fúnebre.
Nada mais resta
além de um feitor lúgubre.
Que se deslumbra com a sentimental
celebração, aprecia o corpo que esteve em suas mãos,
a volúpia que sentia deu espaço a indagação, a culpa
o atinge até o momento em que cruza a sua visão, uma linda
criança de rostinho rosado, um semblante triste e um terço na mão.
PS : Para as pessoas que passam aqui, só vale rassaltar que isso não é de forma alguma um estímulo à exploração de crianças. É só um relato muito mais literário que denuciador, muito mais neutro que formador de opnião, a cerca de algumas coisas que vem acontecendo com cada vez mais frequência. Uma notícia , o texto acima deve ser encarado como um notícia. vlw.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Um dia de sexta
Aqui, em meio a tantos cigarros e a bebida que já me tira a consciência, o ócio me atrocida.
Ao longe, na rua , carros buzinam, pessoas corem de um lado pro outro com as suas rotinas frenéticas com as suas próprias vidas,ocupadas demais pra uma conversa com um estranho.
Onde estão meus amigos?
Onde está o que eu preciso?
O que é que eu preciso?
Onde estão os outros iguais a mim?
Penso em sair, em liberdade.
mas a prisão que me contém é abstrata...
são lembranças, são sentimentos...
um barulho brusco distorce o som da música;
é o telefone tocando... e um número que não conheço
atendo com uma esperança;
- aff, demorou tanto a atender.
- é que tava em devaneio...
- bem, eu acho... e obrigado por perguntar.
- sua voz, está estranha... tem certeza que tá tudo bem mesmo, Alam?
-Alam? (dou - me conta do acontecido),aqui não há nenhum Alam, deve ter ligado enganada.
-ah ta, perdão então.
E o telefone fica mudo...
e alegria passa, e a dor cresce
nada de anormal,a frustação é algo do que eu provo todo dia.
Ainda me resta esperança...como não tê-la?
é a única coisa que me prende aqui.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Manuel Bandeira ;" Desencanto"
um grande poeta brasileiro que pertenceu a primeira fase
do modernsimo,Manuel Bandeira.
Um poeta, que passou a vida toda em condições psicológicas miseráveis
devido a sua tuberculose que foi descoberta aos 20 anos de idade.
Manuel viveu todos os seus dias com uma ansiedade, uma melancolia,sem saber se iria acordar no dia seguinte.
Naquela época era comum jovens de 20 aos 26 anos morrem de tuberculose, em muitos casos, nem chegavam a tanto. Assim , Manuel passou a vida inteira esperando sua morte, que só veio aos 82 anos de idade,e o mais ilário ; não foi por decorrência da sua patologia.
Resultado disso, são poemas carregados de tristeza, melancolia, dor.Poemas que falam de uma vida não vivida, da morte ; hora enfrentrada, hora temida! Bom... já falei demais aí vai um dos melhores:
Eu faço versos como quem chora
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
terça-feira, 9 de março de 2010
Fluxo de consciência
I
Não precisa, esconder de mim
Vai ser mais fácil quando eu souber,
que a outros braços você se entregou,que com outro
corpo você deitou, que em outras palavras você se deixou.
Não precisa esconder de mim
pode até ser mais fácil quando eu perceber,
que a outros afagos você se rendeu,
que em outros lábios você se perdeu,
que foi outro cheiro que te envolveu.
Não precisa esconder de mim,
eu posso sentir de longe
o seu sorriso besta de cumplicidade
sua indiscreta felicidade, sua contentação, sua pérfida superiodade.
II
não finja,
mas me provoque ,
não me deixe,
não me toque...
não sei se sem você vai ser tão fácil assim,
então minta, minta pra mim..
e não me deixa perceber,
deixa eu sonhar, eu me enganar, eu ser feliz nos meus sonhos com você.
engane-me,faça de mim um espúrio,
mas... não me largue...
espera desaparecer as cicatrizes,
deixe-me feliz, aqui, no meu mundo de Alice.
domingo, 7 de março de 2010
Via láctea
que apreciem aqueles que gostam e que critiquem aqueles que o depreciam.
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz...
Mas não me diga isso...
Hoje a tristeza
Não é passageira
Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima...
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza
Das coisas com humor...
Mas não me diga isso...
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?...
Eu nem sei porque
Me sinto assim
Vem de repente um anjo
Triste perto de mim...
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado
Por pensar em mim...
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho...
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser
Quem eu sou...
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim...
Não me dê atenção
E obrigado
Por pensar em mim...
sábado, 6 de março de 2010
E se, se eu te amo?
E se... se realmente te amo?
Não iria te cobrir de vãs
palavras e de carinhos forçados
Não iria pensar em ti durante todo o dia
não escutaria de ti palavras frias
Não te convidaria para fazer
parte da minha vida,
não cicatrizaria tuas feridas
Não me declararia,
talvez nem isso escreveria
No adeus antigo, não me
conteria e certamente te beijaria
E tanto angustiado a te escrever
cheio de amor ao ponto de perceber,
se nem sei se é certo se tanto amor
que te falei se iguala ao amor que te amei.
Bem - vindo, a um mundo tão bonito!
A noite cessou, o sol luta para ser visto em meio tantos prédios que quase não se ver o fim.As Pessoas já não correm àquela hora, a rua está quase deserta. Exceto por um homem e seus temporários inimigos que vasculham o lixo em busca por comida, antes que o caminhão que passa uma vez por semana levasse toda sua nojenta refeição embora.
Além da busca por comida outra luta diária era a tentativa de não perder a lucidez, de não ultrapassar a barreira entre a sanidade e a satisfação, a pseudo-realidade, um receio preenchido de vontade, mas,e ao menos por enquanto,esse era maior que este.
Receava não ultrapassar essa barreira muito mais por medo do que por esperança, ahhh! A ESPERANÇA, quando ele pensava em tê-la passava por uma vidro de um prédio,ou por um espelho e via seu reflexo imundo, fétido, o corpo desnutrido, a barba pra fazer há tempos, não se sabia mais a cor de nascença tamanha era a camada de sujeira sobre o corpo,as roupas rasgadas,feridas expostas que abriram a pouco sem que ele soubesse a razão.A dignidade abalada, a honestidade,bom, essa já nem existia.Não! Ele não podia ter esperança era podre demais para um sentimento tão humano.
Ao longe ele avistou um grupo de pessoas vindo a sua direção,ao se aproximarem ele conseguiu ver com clareza de quem se tratara.Com roupas longas e um crucifixo preso a um cordão e este preso ao pescoço , eram a personificação da alegria, da fartura, da saciação da fome.
Entrou na fila e chegou a sua vez.Era servida uma sopa em uma quentinha acompanhada de uma colher descartável, a tampa era posta em baixo da quentinha para impedir que as mãos repletas de feridas e cicatrizes se queimassem.
A primeira colher foi posta na boca,ele sentiu algo diferente.Seu estômago retrucou.Ânsia de vômito.ele parou de mastigar, olhou para a comida cheirou... e o cheiro também estava diferente.Olhou ao redor e todos faziam como ele era acostumado a fazer (comer estupidamente sentado na calçada).Mas agora o que estava diferente?
Ele pensou e a segunda colher foi posta a boca.Agora ele já não conseguiu conter-se.O vômito veio e forte.Ninguém notou,estavam ocupado demais com a suas próprias vidas,enchendo o seu próprio estômago.
No movimento que fez o seu corpo quando vomitava a quentinha caiu no chão,espalhando a comida.Ele se agachou colocou tudo de volta na quentinha limpou a boca com a manga do seu blusão que vinha até perto do pulso.Voltou a cheirar ; o cheiro agora parecia mais poderoso...Uma nova tentativa e para o espanto : A comida agora estava bem melhor, não estava como queria,mas,estava significativamente melhor e como naquelas condições de vida a vergonha junto com a dignidade não faziam parte do conjunto sensações e virtudes,agachou-se novamente, espalhou sua comida pela calçada,jogou a colher fora , começou a pegar a comida e levá-la a boca com as suas própria mãos,degustando o gosto acre familiar.
Agora esta é maior que aquela, a barreira fora rompida.Agora ele se sentia,e de fato era,um humano como todos os outros.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Em ti... a volúpia!
que se assemelham com contigo,
estou vilipendiado por tanto tentar encontrar os defeitos
que só tu tens.
És tu quem eu quero,
és contigo que eu
quero saciar todos os
meus instintos de gente.
É para ti que eu quero dizer
a última boa noite da noite,
e o primeiro bom dia do dia
e na madrugada,uma palavra nada fria.
Quero acariciar teu rosto com
as costas dos meus dedos.
Beijar-te no cantinho da orelha.
Ouvir tuas tolices, tuas Asneiras,
sentir teu gosto amargo outra vez...
Um suicídio intrínseco
felicidades perdidas, personalidades retorcidas
Irmãos mortos, outros tantos vivos,
mas, todos temporariamente mortos.
No logo; reconciliação, afeto, afago,
afetação... Com a alusão de
punir os punidores, deixar
os atores de prontidão.
Amargar os amores,ressuscitar sepultar
os rancores, e não só flertar com dores,
mas também, bombardear com flores
o Injustiçado, o vitimado lesado que só quer atenção.
Mas, falo-te é um preço alto a pagar,não foi de
desejo mudar.A precisão de tentar perdoar deve ser
mais eminente do que o quê o outro achar,e de mudar
o que já foi mudado,mas antes na tentativa de melhorar.
O erro em evidência. Graças
a eloquência de um gago nervoso
perdido. Profere-se tudo
mas exatamente tudo não é entendido.
Chegou o tempo enfim, levanto-a em direção
à mim...E depois de um zumbido, um falecido
incompreendido ,arrependido, distingue o destino
do hóspede vão, conciso, inteligente,Mas, energúmeno
ignorante, ineloquente quando o assunto é afeição.