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sexta-feira, 12 de março de 2010

Um dia de sexta


Aqui, em meio a tantos cigarros e a bebida que já me tira a consciência, o ócio me atrocida.
Ao longe, na rua , carros buzinam, pessoas corem de um lado pro outro com as suas rotinas frenéticas com as suas próprias vidas,ocupadas demais pra uma conversa com um estranho.
[E eu aqui entorpecido... lembrando de você...
Uma sensação autônoma que não me faz bem me acompanha com os sonhos que crio pra tentar disfaçar a pérfida percepção de ti ter aqui, comigo.
[ um espaço vazio me corrompe, cresce...
Algumas perguntas, e como sempre,sem resposta, invadem-me à mente
Onde estão meus amigos?
Onde está o que eu preciso?
O que é que eu preciso?
Onde estão os outros iguais a mim?

Penso em sair, em liberdade.
mas a prisão que me contém é abstrata...
são lembranças, são sentimentos...
um barulho brusco distorce o som da música;
é o telefone tocando... e um número que não conheço
atendo com uma esperança;
- aff, demorou tanto a atender.
- é que tava em devaneio...
(risos)...
- como você tá?
- bem, eu acho... e obrigado por perguntar.
- sua voz, está estranha... tem certeza que tá tudo bem mesmo, Alam?
-Alam? (dou - me conta do acontecido),aqui não há nenhum Alam, deve ter ligado enganada.
-ah ta, perdão então.

E o telefone fica mudo...
e alegria passa, e a dor cresce
nada de anormal,a frustação é algo do que eu provo todo dia.
Ainda me resta esperança...como não tê-la?
é a única coisa que me prende aqui.

3 comentários:

  1. Boa tarde Idevan! Fico feliz por seguir meu blog e apreciar me trabalho. Também tive uma grata surpresa com seus textos maravilhosos. Você escreve muito bem! Meus parabéns.

    Grande abraço!

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  2. Oi Idevan, você está cada vez melhor, parabéns e continue nos dando o prazer de teus textos. Valeu.

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