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segunda-feira, 15 de março de 2010

Boni mores hominis




Nada mais resta
além de flores e choro descontentado.
Nada mais resta
além de um corpo inocente e nunca amado.

Nada mais resta
além de não sentir nada.
Nada mais resta
além de uma reza desengonçada.

Nada mais resta
além de tantas rosas vermelhas.
Nada mais resta
além de gemidos repletos de pureza.

Nada mais resta
além de um pequenino invólucro fúnebre.
Nada mais resta
além de um feitor lúgubre.

Que se deslumbra com a sentimental
celebração, aprecia o corpo que esteve em suas mãos,
a volúpia que sentia deu espaço a indagação, a culpa
o atinge até o momento em que cruza a sua visão, uma linda
criança de rostinho rosado, um semblante triste e um terço na mão.



PS : Para as pessoas que passam aqui, só vale rassaltar que isso não é de forma alguma um estímulo à exploração de crianças. É só um relato muito mais literário que denuciador, muito mais neutro que formador de opnião, a cerca de algumas coisas que vem acontecendo com cada vez mais frequência. Uma notícia , o texto acima deve ser encarado como um notícia. vlw.

2 comentários:

  1. Meio pesados os seus textos ,porém muito bons.
    Não gosto muito de textos fúnebres, como os que o senhor escreve, mas tenho de admitir que esses são perfeitos, além de tudo sua técnica, métrica;pouca gente sabe ao menos o que é isso hj. parabéns.

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  2. veleu.. nesse tá tudo ok néh?
    saspkpoakopsk
    obrigado

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